17.07.2018
Ana Karine conta tudo sobre a campanha EAC. Não perca ótima entrevista na TV, clique no link! E junho é o mês da Paciência. Nesse fim de semana, retiro em Serra negra, SP. Saiba tudo pela nossa fanpage no facebook:)
leia mais >>“Calma e Pensamento Respiratório”
Os problemas que experimentamos, crescentes no mundo (concentração de renda, irresponsabilidade social e devastação da natureza) e que estimulam que façamos a opção, são originados de operações psicológicas – vale dizer, por fluxos de pensamentos, afetos (sentimentos, emoções, o que se convencionou de maneira dualista no Ocidente a se chamar de “coração”) e percepções (sentidos, “intuição”) – que geram efeitos políticos. Portanto, são operações psicopolíticas, operações mentais que autorizamos decidirem o que vivemos.
Na base de tais operações (compostas pela pedagogia da opressão, pela concentração de mídia, pela face panóptica da rede, pelo neuromarketing, pelo soft power e pela quarta geração da guerra, a psicológica) está o fundamento de todas as “crises” produzidas: a aposta epistêmica que entende a Cultura como a outra da Natureza. Disto resulta tudo: por exemplo, que se suponha “ter-se” um corpo, que se insiste em utilizar da maneira que se quer, atuando no “meio ambiente”, completamente empenhados no suicídio que é o “crescimento ilimitado”.
A saída? É vital lembrar a cada segundo que todos os estados mentais são psicopoliticamente sustentados pela respiração. Quando falamos de calma, falamos de um determinado padrão de respiração. A calma nos permite lembrar de fatos científicos decisivos: por exemplo, que estamos em um Planeta rodando no espaço, espaço que não vemos quando mergulhados no concreto, arranhando o céu; que só estamos vivos porque nossos corações estão batendo sem que possamos controlar tal fato; que somos todos filhos de uma mesma mãe.
A ausência da calma, e de seu padrão respiratório (o que é a mesma coisa), é a porta de entrada da ignorância, do ódio e da ganância. Da ausência do Princípio Feminino. A presença da calma, e, repito, de seu padrão respiratório, é o vigor da compreensão compassiva e solidária; do amor e da bondade; e da generosidade, o único estado mental possível de respirar diante da dádiva que a Vida é.
Evandro Vieira Ouriques
Coordenador do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência. NETCCON.ECO.UFRJ, Supervisor de Pesquisas de Pós-doutorado. PACC.UFRJ, Vice-coordenador do GT Comunicación y Estudios Socioculturales. ALAIC, Acadêmico Correspondente da Academia Galega da Língua Portuguesa. Recebeu em 2010 o Prêmio de Melhor Acadêmico do Mundo, o Best Scholar 2010, do Reputation Institute, NY, e, em 2011, o título de Guerreiro Zulu, da Universal Zulu Nation.
Foto: Estelita de Ouriques