Estou sentada na praça de alimentação de um grande shopping. Observo as pessoas: a maioria, jovens executivos com pressa, atendendo a celulares, digitando/conferindo mensagens, e, pasmem, sem tempo até de conversar com o companheiro de mesa, pois o outro também está em sintonia com seu Iphone, Ipad ou similar. Pressionados pelo imediatismo determinado pela onipresença desses artefatos, para essa geração, a vida tem de caminhar rápida, sem tempo para reflexões mais apuradas. Estaremos diante de uma geração que pode entender muito de tecnologia e talvez pouco de gente? Gente tem sentimentos e não são máquinas. E sentimentos, se negativos, geram medo, raiva e violência, facilmente percebidos nas reações das pessoas no trânsito, nas relações familiares, sociais e de trabalho. É auspicioso ver que a Brahma Kumaris, que tradicionalmente adota o cultivo da paz e do silêncio, lidere o movimento “Escolha a Calma”, no Brasil. Isso vai permitir a cada um de nós observar-se  e ao outro, e constatar como a calma poderá  trazer mais harmonia em todos os momentos e espaços de nossa convivência. A calma tem o dom de salvar  vidas.

Teresa Hatue de Resende
Professora, escritora, pesquisadora, historiadora, coacher e difusora do Motainai-Furoshiki.